the land of confusion

estadia final


O silêncio das tuas palavras não me incomoda, assim como não me incomoda o som que o teu coração exerce ao bater. Os teus olhos inocentes, que brilham tanto, não deixando a ingenuídade escapar.
Peço-te por agora e para sempre, que leias nas entrelinhas, que entendas o verdadeiro significado do que foste para mim.
Quando não via o caminho certo, tu traçavas-o o mais linear possível, foste os meus olhos e o meu suporte; foste o meu porto seguro, porque sempre que percisei tu estiveste presente; ajudaste-me a ultrapassar as diculdades que surgiam, foste o meu motivo e a minha coragem. Nada que possa dizer, escrever, podem traduzir de facto o que eras para mim.
Há coisas que ainda desconheço, mas a maior parte das coisas lindas que idealizei e conheci foram ao teu lado, aquele pedaço de gente que era o meu mundo, a minha vida.
Todas as incertezas, as certezas, as dúvidas, as respostas... tudo, tudo isto nos caracteriza por o que fomos ontem. E hoje, e o amanhã, são apenas momentos incertos e indefiniveis. Mas de certo que o meu ontem foi uma vida, pela qual sempre sonhei. Agora a solitária criança descança no seu mundo, onde as cores começam a aparecer e o céu ganha amplitude, o retorno da luminosidade nos seus olhos, a força que a emotiva a sonhar, as crenças que voltaram a ganhar vontade de vingar e vencer. A verdadeira liberdade é quando nos encontramos a nós próprios e identificamos em nós os defeitos e as virtudes; e onde o sonho ganha asas e nós leva a lutar incessantemente, aquela espera do abraço que nos conforta e nos ama, aquele sorriso que nos chama, a aceleração do coração, a adrenalina no sangue, o arrepiar do corpo, o gesto suave e único que nos embala. Que posso mais dizer, se tudo o que digo se resume a isto? A confiança conquista-se e revela o que realmente somos. Humanos e descontentes, mas, sonhadores e vencedores. Desabafos.

Soraya Morais

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