the land of confusion

uma nova primavera

Contém o ar, a doce sensação de harmonia propícia à evasão de qualquer ser. Disto, renasce a nova tendência para amar.
A confusão inquietante que atormenta a mente, o abraço prometido agora reprimido, a crença que é num beijo que o mundo pára e algo bate tão forte quanto o coração. É desejo, é paixão, é amor.
Réplicas distorcidas de platónico amor, se contorcem no peito, aquele gelo estranho que esfria a alma, a dor projectada antes mesmo de alguma acção ser conjecturada, o medo que interfere nos sonhos, mesmo antes da pertença denominar-se nossa.
Devaneios ocorrem, sucessivamente, na nossa cabeça. O ar falta, a palavra recusa-se a ser dita. Paradoxos circulam como sangue, naturalmente.
Receios oriundos do mais profundo existente, retraçam os dias melancólicos que se avizinham... a saudade chega com eles, carregada de sentimento, aflora à pele.
Como tem asas a emoção, eloquente como qualquer loucura. Balança-se entre a corda bamba da ilusão-realidade.
Como é bom sentir, as borboletas a esvoaçarem no ventre e o calor de um abraço desejado.
Amar, é querer perder-se sem nunca mais se encontrar, é viajar sem nunca mais voltar, é parar de rodopiar e continuar tonto, é fervilhar emoções fortes, é gritar do pouco ou do tudo que se quer e do que se tem, é vibrar com o mais pequeno detalhe, é chorar e ter medo da perda, é viver sem pensar no que pode vir a acontecer... é neste mar, que quero novamente mergulhar.
Ser mulher, ser amante apaixonada. Ser completada. É amor, o que quero.

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