the land of confusion

forgive me

Na luz fosca presente na noite anterior, vi-te sentado na berma da estrada e em sinal de resigno. Não sei se para ti mesmo, ou se para alguém que te tenha magoado, sendo qualquer uma delas um motivo para me preocupar.
Convidei-te a entrar, estavas frio, mais do que o teu físico... mais parecia que a tua alma estava enregelada, tão dura quanto o próprio conceito de dor. Fizeste-me sinal para que me aproximasse, sem movimentos bruscos sentei-me ao pé de ti, perto da lareira. Pus-te uma chávena de café entre mãos, aconcheguei o cobertor aos teus ombros e voltei à minha posição original. Durante as horas todas que ali estivemos, nem uma palavra pronunciaste.
De volta à contagem natural do tempo, pouco demorou a aparecer um tímido nascer do sol que rompeu pela janela, que afastou os cortinados rasgados e iluminou a sala onde estávamos, até que a resposta à minha pergunta silenciosa surgiu... "estou aqui para te pedir perdão", disse ele.

Sem comentários:

stuffs