the land of confusion

9 letter to someone you don't talk as much as you'de like to

Minha querida Mafalda Macedo,

Penso que te surpreendi ao ter-te como destinatário. Mas na verdade, é que se existe uma pessoa com quem pouco ou nada fale, e que no entanto goste de falar é contigo.
Apesar do rumo que a minha vida levou, uma das coisas que mais me causou certa tristeza foi de me ter afastado de ti. Sinto que poderia ter investido muito mais na amizade, ou futura amizade, forte, que tínhamos mas quando fui obrigada a cortar com o passado cortei também contigo e o mesmo se passou comigo pois havia uma terceira pessoa envolvida que desempenhava um papel importante na vida de ambos.
Há pouco a dizer, mas não deixo de recordar as boas conversas (apesar de poucas) que tivemos. Desabafamos uma com a outra, e preocupávamos-nos uma com a outra. A verdade é que compreendia a tua dor quando me falavas de certas coisas tuas relativas ao teu passado, de certa forma encaixava-me nelas... via a minha história repetida, mas numa outra versão.
Gostava muito de poder retomar o contacto contigo, e quem sabe combinar alguma coisa.
Sempre te tomei como uma heroína, uma pessoa forte (mas claro, com as suas fraquezas), uma pessoa muito paciente e sobretudo que és leal, muito leal e compreensiva.
Pouco mais te posso dizer, na verdade é um bocadinho constrangedor estar a escrever-te esta carta, sinto-me como hei eu de dizer... sem jeito, mas assim pude demonstrar que és uma pessoa, que apesar do pouco contacto que tivemos que admiro bastante.
Sei que parece um pouco cliché o que vou passar a escrever a seguir, mas se um dia precisares ou quiseres, eu estou aqui para ajudar, falar, ouvir, aconselhar e seja aquilo que for.
Com afecto,
Soraya.

1 comentário:

MafaldaMacedo disse...

Oh Soraya, que até me metes-te com lágrimas nos olhos. Realmente não estava nada a espera, mas estou muito contente. Mas realmente tens razão, o nosso afastamento foi um pouco ou tanto parvo. As coisas aconteçeram como aconteçeram com vocês e eu também mudei de "vida" nessa altura e o meu tempo encortou imenso em questões de conseguir ir à net ou tempos livres. O que não é desculpa, porque existe sempre o telemovel. Mas também motivos já nao importa, o que passou passou.
Mas muito do que me disses-te aqui a mim te diria eu a ti sem a menor sombra de dúvidas.
Gosto muito de ti, e ainda te vejo como uma amiga, asério. Obrigada pela carta *

stuffs