Sei que desconheces esta pequena parte de mim que te pertence, este "não-sei-quê" algo duvidoso que por ti nutro.
Não nos conhecemos há muito tempo, mas pelo menos há tempo suficiente para me deixares com a língua presa como se não soubesse o que exactamente quero dizer. Quando estás junto a mim e apoias as tuas mãos sobre os meus ombros, desatas o sorriso preso que há em mim, de uma forma tímida mas eficaz.
Uma vez estava escuro, eu estava de pé a dançar e tu encostado a uma parede qualquer e senti que estavas a olhar para mim e nesse momento, os meus joelhos tremiam freneticamente, não obedeciam à minha mente racional. Perguntaste-me se estava bem e abraçaste-me, o meu estômago inquieto por sentir tantas borboletas esvoaçarem em dimensões tão pequenas.
Quero dizer-te como foi importante a tua chegada à minha vida, mesmo que desempenhes ou não o papel de companheiro, mas ao menos voltaste a fazer-me sonhar e a idealizar certas fantasias e também, fizeste com que voltasse a acreditar que afinal há esperança para mim.
Depois desta confissão quero que saibas, que apesar de muitos factores, és uma pessoal genial e que admiro as tuas qualidades (aquelas que já conheço). Gosto particularmente da forma como és atento a tudo o que te dizem e também gosto da maneira como te preocupas com as pessoas com quem sentes empatia ou gostas.
Desculpa-me se de todas as vezes que te vi, antes de te conhecer, te julguei, te chamei nomes mentalmente... mas reparando bem, acho que era um bichinho que já se tinha alapado a mim, porque raramente desperdiço tempo, fala e pensamentos sobre pessoas que não valem a pena, mas tu sempre me suscitaste curiosidade em querer conhecer-te, não é certamente pela beleza, não é certamente pelas companhias com quem te dás, mas sim por qualquer coisa que ainda não sei definir bem... és misterioso, dás-me alento e coragem para te querer conhecer ainda mais.
Mais uma vez, agradeço-te por teres aparecido, mesmo que fosse inesperadamente.
Com tudo o que ficou por dizer,
com ternura, Soraya.
1 comentário:
yap, o james tem momentos assim, de pura inspiração.
fogo, lá vou eu ter de andar a correr o Algarve pelas pontas à procura delas.
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