
- "Estás linda!"
- Obrigado. Mas, acho que estou tão simples.
- "Não. Não estás. És simplesmente tão natural, tão bela."
- Não digas isso que eu coro!
- "Nunca pensei que viesses a eventos como estes. É a primeira vez que te vejo aqui."
- Eu sou um corpo de mil rostos, nunca sabes o que poderá sair daqui.
- "Isso vejo eu! Acho que te destacas de todos os que aqui estão."
- Sou simplesmente mais uma, entre todos os demais.
- "Não. Não és. Queres ir dar uma volta por aqui perto?"
- Pode ser.
- "Então conta-me... se poder ser, tudo sobre ti."
- Ui, a minha vida são tantas páginas, se te pudesse contar tudo, simplesmente, este momento poderia ser o único da minha vida. Há tanto a acontecer ao mesmo tempo, tantas linhas por escrever, tantos pensamentos que circulam em livre transito entre tudo o que está a acontecer.
- "Conta-me, estou ansioso por te ouvir. És particularmente genuína, até na forma como cruzas as pernas, que te mexes ao falar, a forma de andares, a forma de falares, de mexeres no cabelo, a forma como utilizas vocabulário, parece tudo tão perfeito. Estou a ser incapaz de detectar qualquer erro em ti. Estás a exercer sobre mim um efeito, que nunca ninguém exerceu. Pareces-me tão familiar, mas em paralelo, nunca havia tido a oportunidade de estar perto de ti desta forma, a falar."
- Certamente que o meu discurso é quase tão banal como aqueles que costumas ouvir, apenas tenho formas e maneiras de ser exclusivas, talvez seja isso que me caracteriza.
- "És especial. Calma não te mexas... posso experimentar fazer uma coisa?"
- Podes...
- "Não te mexas... quero mesmo..."
- Estou bem quietinha.
(Ele beijou-me. Quer dizer, ele está a beijar-me. Ele está mesmo a beijar-me! E eu estou a ser incapaz de o impedir que ele continue. Nunca ninguém me beijara assim, eu... estou... a adorar.)
- "Espero que..."
- Não. Não pares.
- Como é que isto foi possível?
- "Não sei. Só sei que me senti capaz disto, sem vergonha, sem riscos. Assemelhava-se a uma certeza."
- Mas isto o que significou?
- "Tudo e nada."
- Tudo e nada?
- "Tudo o que mais queria, mas sem sentido. Nada, nada porque acho que não sou nada sem ti. É esquisito, é a primeira vez que estou contigo."
- Então isto é...
- "Isto é que... não me largues, sim?
(Como é que eu poderia dizer que não. É uma aventura!)
- Não! Juro que não!
(Aí, nem pensei apenas respondi. Ele é tão perfeito, como é que poderia renunciar a uma coisa destas? Aqueles olhos verdes, parece que foram esculpidos de uma pedra jade, aquele toque suave e ao mesmo tempo determinado. Aquela pele não demasiado branca, mas um tom acolhedor onde me imaginava encaixada na perfeição do recorte dos seus braços protectores, a sua voz calma e leal, o seu cabelo suave e aloirado, curto mas não tão curto, as suas qualidades que certamente me transmitem confiança, sinto-me intocável perto dele!)
- Está na hora de ires tocar.
- "Pois é já me esquecia!"
- Demasiada emoção não é meu amor?
(ups.., escapou-se-me um mimo desta boca!)
- "MEU AMOR, fica junto do palco. Não te vais embora pois não?"
- Eu fico lá, até ao fim a ver-te a espancares a tua bateria.
- "Quero levar-te até casa, saber que estás segura."
- Acho que nunca havia estado tão segura como agora, neste momento.
- "Podemos finalmente, ir."
- Estavas tão bem lá em cima. Parecias um autêntico artista!
- "Foi a minha melhor performance. Eras tu que me faltavas, agora já sei!"
- "Dá-me a mão."
- Estás tão quentinho!
- "Estamos quase a chegar. Vais ter que subir já?"
- Não, ainda posso ficar um bocadinho ao pé de ti.
- "Queres ir dar uma volta à praia?"
- Claro que quero, isso nem se pergunta!
- "Sentas-te ao meu colo?"
- Eu sou pesada, não me responsabilizo por qualquer dano! (risos)
- "Olha lá para cima, uma estrela cadente. Pede um desejo... rápido!"
- Já está. Pediste algum desejo?
- "Não. O que há muito desejei encontra-se bem ao meu lado." E tu, pediste?
- Sim...
- "E...?"
- Que este sonho nunca terminasse.
2 comentários:
Lindissimo.... sem palavras :D
Adorei mesmo, parabéns... =)
Beijinho ^.^
The perfect dream *.*
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