the land of confusion

Sente, toca, ouve, cheira e vê


"Envolve-me entre virgulas, beijos feitos de reticências prolongadas e intensas que nem mesmo as palavras sabem contar. Depois? Não digas nada, o teu corpo diz-me tudo. E é no silêncio que mais desejo sinto. - Shiuuuuuu, já te pedi para que não digas nada, peço-te páginas em branco para que eu me deite sobre elas como lençóis brancos de puro prazer. No fim, deixa-me o teu ombro para que eu possa descansar e continuar uma história, não de amor. O título esquece-o, desenho apenas no cantinho de cada folha uma estrela, aquela que no fim acabou por aparecer quando eu menos esperei. Toca-me com a força de um ponto de exclamação. Tira-me tudo, dando-me tanto. Tira-me a roupa, a inocência, tira-me o sufoco que é não te ter colado a mim como folhas que não se desgrudam com batom desenhado e perfume humedecido nelas mesmas, dá-me o que mais precioso tens, que são teus beijos, teus lábios, teu corpo, tuas mãos que tanto sabem... O resto não sei, ensina-me, como se faz nos livros de rituais antigos onde o pó esconde ainda segredos. Tenho um cadeado, para que ninguém saiba, prometo-te."

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