A intemporalidade dos meus pensamentos agonia-me, e neste rés do chão onde habita o meu pensamento, a euforia da loucura exibe-se ao mundo com os seus contornos todos delineados - perfeitamente, delineados.
Procuro a minha respiração, revejo-me neste bater sofrido onde reside o meu coração. Procuro-te na paradoxal imagem que de ti teci, nada encontro a não ser frustração. Perturbada, sigo cambaleando sob este luar sem estrelas, a magia desta noite já não me contagia. Nada me prende ou afasta. A incompreensão do meu eu, ocupou a liberdade da minha expressão, todas estas linhas incoerentes são fruto da minha obsessão. Obsessão esta que não ousa partir, simplesmente não quer ceder perante toda atracção natural, que este mundo me quer exigir.
Sou eu, mesmo perdida em mim, encontro-me sempre longe da compreensão. Mas mesmo assim, não ouso sequer repetir a palavra que ferve na minha boca, tão desgastada quanto a terra que piso todos os dias.
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