the land of confusion

contradições

São inúmeras as contradições que me envolvem em cápsula, que me esfriam e que me enlouquecem no calor de toda a loucura que me pressegue, faço uma pausa com o refúgio de reflectir, de assentar todas as minhas dúvidas e dissolver qualquer confusão que esteja a fervilhar dentro de mim.
(...) Pressinto que me perco em cada instante, que parte de mim se desfragmenta em mil - pedaços do que sou, voam ao vento como se de partículas microscópicas se tratassem. Sou muito de mim, em tão pouco que dou, é mais o que recebo do que aquilo que deveria dar. A minha face oculta, pouco ou nada se revela, sou de fases, sou como a lua que brilha na escuridão, na sua própria escuridão onde as estrelas mais brilhantes a acompanham, distantes, mas que iluminam-na, que a fazem iluminar, até na noite mais sombria, a noite mais melancólica ou até a mais sozinha.
Quem sou eu, quando sou de mim o que mais ninguém é? Que absurdo de pergunta, resolve responder-me a minha consciência. "Que absurdo"? Como ousa ela abordar-me desta maneira, se ela é o que é por eu ser o que sou? Estou a contradizer-me, mais uma vez.
Sou de extremos, sou incapaz de achar um meio termo. Não sou mulher de meios certos - meios errados, sou mulher do certo e do errado, do oito e do oitenta.
Eu apenas preciso de encontrar a estabilidade - e entro novamente em contradição - reservo-me no impossível, pois incapaz de ser feliz é o meu objectivo consciente e inconscientemente o que quero é o contrário, ser feliz. Der por onde der.

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