the land of confusion

não há nada a dizer


Postrei-me perante o espelho, procurei-me na minha imagem. Procurei traços genuínos e não apetrechos minuciosos que a vida fez questão, de em mim os completar.
Revejo-me, atribuído-me um vazio cada vez maior à alma, que suplica descanso, paz e sobretudo paixão. Esta que se encontra cheia de estar vazia, vocifera em tom calão a revolta que sente quando a melancolia a embala numa noite chuvosa de Janeiro.
Um dia disseram-me que o mundo tinha as cores que eu própria escolhia quando a meu ver o pintava. Mentira. A ilusão, aos poucos acompanhando o meu crescimento, foi aumentando, ocupando a maior parte de mim... e agora, frente ao espelho, eu não me reconheço. Para onde terá ido a melhor metade de mim? You.

Sem comentários:

stuffs