
Palavras voam no meu ouvido, que me chamam e actuam tão suavemente que lembra a leve brisa que num dia de verão sereno se apossou do meu corpo.
(...)E o meu corpo gelado e inerte, assentou-se neste chão, onde a noite devorou o dia numa devastidão total, que me levou a alma, que me levou, até, os sentidos e os mergulhou num oceano profundo de silêncio, onde nada mexe, onde nada existe, onde perpétuo a minha estadia, longa e sem fim, ausente de sentimentos, ausente de emoções, onde acordo com pavor do amanhã que me espera exactamente igual ao hoje.
A mancha do passado, envolve-me como se de um invólucro se trata-se, impedindo-me de agir, até que a melancolia me dá a mão nesta tão difícil jornada, levando-me numa viagem pela escuridão onde a nostálgia me abraça e a forte solidão se encosta tanto ao meu peito, como ferida aberta sem sara possível.
Jaz morta, no altar, alma que um dia foste minha.
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