the land of confusion

não és, nem nunca mais serás


A sensação de te sentir correr como um rio, sem destino, sem direcção. Na tua margem, atiro-me sem medo, sei que nas tuas águas me refugiarei para que, quando a coragem me assombre, possa saír de ti, como quem renasce, como quem vive uma outra vez.
Do teu rio, saí, pé ante pé, e segui para a floresta proibida da tua mente. Estava escuro.
Escuro, como nunca antes havia estado, e eu ali, perdida no arremeço da tua indiferença, quando por ti escrevia todas as linhas que escrevi. Docemente, te tocava o rosto e pedia carinho.
Mas... tudo mudou. Agora, procuro-te enlouquecedoramente, no local onde te perdi. No labírito do meu corpo, procuro o teu suor, o teu toque, a tua doçura. Mas até isso tu me levaste, as recordações boas que de ti tinha, sem pudor, na total indiferença.
Hoje, o meu céu é outro. Enquanto em ti chovo, à espera da reacção em ti provocar, o meu sol brilhará em outra povoação, pois emergi na felicidade momentanêa dentro da solidão, onde pensei que nunca pudesse ser feliz. Apenas existe a falta. A falta de algo... e esse algo, podes ter a certeza que não és nem serás tu.

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