
Soube o que é sentir-me em casa e deixar de ser o alvo da multidão. Fiz o que no momento me invadio o corpo e a mente, rodei em circulos, desenhei trajetórias aleatórias e descoordenadas, aliadas a efeitos psicotrópicos. Não parei a noite toda, a tarde toda.
Balancei os cabelos ao som do que mais gosto, a sentir a adrenalina nas minhas veias e a deixar-me ir pelo ambiente e pelo som que me consumia cada alveolo pulmonar. Senti o baixo a pronunciar-se no meu coração. dum-dum-dum; no meio da alucinação toda, perdi todo o juizo e o controlo que regia em mim há muito. Beijei-te. E nesse momento percebi, que nunca mais te quero na minha vida. Foi um capricho... e adorei.
1 comentário:
Olá. Obrigado, antes de mais, pelos teus comentários no meu blogue. Não estás nada a invadir, porque eu se tenho um blogue é para ser invadido e questiona-me e lido.
Tu escreves muito bem, já te devem ter dito isto algumas vezes. Se te disseram olha que é verdade. Aquela passagem do Livro do Desassossego de Bernardo Soares é soberba, assim como todo o livro. Adoro Fernando Pessoa, sinto-me muito ele. Aquela esquizofrenia e estranheza dele são minhas também. Ricardo Reis, confesso, foi o meu inspirador naquele texto. Primeiro pelo nome - Lídia - que faz lembrar (propositadamente) o "Vem sentar-te comigo, Lídia, à beira do rio". Depois, porque aquela Filosofia dele está lá em parte, mas ele é mais de se evitar ao sofrimento, enquanto a minha personagem é um sofredor a sério, por casualidade de um país e de uma convicção. Ricardo Reis nunca sofreria assim por amor, evitaria-o tão só. Eu na vida real sou, apesar de tudo, um pouco assim: evito-me um bocado a sofrer. :D
Um beijo e mais uma vez obrigado pelos comentários :D
Enviar um comentário