the land of confusion

the world is(n't) mine.


Deixo por dizer, na viagem que nunca fiz por entre as madrugadas inundadas pelo carmin imanente do doce vale que era aquele estádio de paraíso, onde tudo era funcional e perfeito, tudo era grandioso e gracioso.
As minhas mãos passando pelas tuas, encaminhando-as para o corpo esguio que se extinguia na sombra do pensamento, deste doce sonho de verão, perdido na selva desta cama que agora desfeita me sento à beira, de mãos suadas ao rosto, percorrendo o lençol manchado da loucura e do pecado.
Sossego esta minha mente, com um simples abraço envolto em soluços salgados.
E o tempo não pára, o tempo urge e o seu tique-tar irritante, pendulando nos grandes ponteiros do relógio. Ditadura do tempo em que vivo, presa aos fios do passado, tentando desajeitadamente e desesperadamente construir as torres colossais do futuro, onde possa lá ficar, tomar aquele templo como meu... e esperar lá. Sozinha olhando-me no espelho, nua por entre um véu, retocar a maquilhagem inexistente. Espero, que algum dia possa olhar o mundo e dizer que este foi realmente o amor da minha vida; pois eu tenho-o na mão. O mundo é meu. E é... um destino cruel.

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