the land of confusion

return of the lie


Beijaste-me a testa e quando partiste, o teu cheiro assombrou-me todo o percurso. com o vento na algibeira pude sentir o teu odor vezes sem conta, ainda o trago escondido, para de vez em vez o ir relembrando, como era bom poder caminhar contigo no mais dos silêncios perpétuos, em que me respondias quase incessante, com o teu olhar fulminante que me queimava a boca, que desejava o teu beijo requintado de loucura. Procurei as tuas largas mãos no meu pescoço, pois o calor e o formigueiro que senti, voltava a sentir a pouco e pouco, mais forte, mais forte e depois mais lento.

Persegui os meus joelhos, contronei-os à procura da tua língua, que lá passava e descia até ao tornozelo; tamanho encanto quando me apercebi que voltaras da terra sem retorno, totalmente ileso, sem nenhum vestígio de partida. Acenei-te bem ao longe, mulher feita e desejosa de te prender junto dela.

Mulher eu, que te desejo como homem.

No arrependimento ingénuo, castigo-me por uma mais vez, me ter deixado perseguir e possuir pela ilusão daquilo que um dia foi meu.

1 comentário:

Pedro Miguel disse...

Tem calma, pois o sucedido aconteceu o ano passado. :) Sou mais e melhor.

Ps* desculpo. :)

stuffs