the land of confusion

dilemas envoltos de imperfeição


Tanto de imenso tens, universo que me rodeias, que me deixas num beco escuro, presa por extensões invisíveis que tanto me criticas e rebaixas... que queres tu de mim? Nada tenho para te dar, para além das confusões colossais, emitidas pela minha mente que repuxam os meus sentimentos.
Não te posso dar algo que não tenho e que de mim não faz parte, sou um batalhão de confusões, pronto para cessar fogo contra a mínima esperança de construção individual, das minhas características específicas.
... nem do que mais precioso tenho, te posso dar.
Perguntas-me tu de sussurro, que de importante tenho para mim...
Explico-te meu amigo, que a escrita é a única riqueza que tenho e mesmo assim, esta está a tornar-se cada vez mais complexa e difícil de entender, pois é fácil relatar acontecimentos, o difícil é compreende-los e expressa-los como expresso. Até este dom, está a ser levado aos poucos por outros bandidos como tu.
Por favor, não me julgues... alia-te a mim, ensina-me como domar as circunstâncias.
Estas selvagens e complexas circunstâncias que teimam a fazer com que eu própria desapareça da minha escrita.
Com elas, vem a ignorância, a falta de inspiração e o temor de perde-la. A minha sensação, o meu parecer e a minha virtude, que giram em simultâneo no papel, como se fugissem da minha mente e se dispersassem sem qualquer sentido neste mundo que a tinta tenta retratar.
Já me levaste a percepção e vivo neste eterno calvário, de padecer sem certezas e sem raízes, com isto despeço-me de ti e peço-me que me libertes, pois antes de ti... já alguém me levou tudo o que tinha através de um simples acto de traição, mas antes, peço-te e suplico-te, que não me leves a minha escrita. A minha companheira da eterna e derradeira solidão de não se saber quem é e escrevinhar rascunhos da tentativa de "um ser" irreal.

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