
Quis chorar junto à tua margem.
As esperanças desfeitas pelo tempo, a voarem junto com as folhas que se desprendem das árvores, numa tarde ventosa e fria de Outono. Essas esperanças, vejo-as a arderem, lentamente, em gelo e a precipitarem da árdua rocha; solo este fértil de incertezas e recantos desbotados, como manchas tingidas na minha alma, branca e translúcida, como a água pura que foi contaminada por químicos emocionais.
Químicos estes, produzidos em mentiras , que elanmaçaram os meus pés... estes pés nus, pois todo o meu corpo se despiu dos mais infímos preconceitos, só para fugir à verdade disfarçada de te amar.
Na tua gargalhada, reconheci o rejeito; da tua voz embelezada e traiçoeira senti o desprezo; dos teus gestos crus senti a indiferença e a crueldade que alimentas de mim.
Da tua nobre lembrança à tua distância frieza, embrasa o meu sangue, que nas minhas finas veias cavalga e circula violento e gela todo o meu metabolismo...
... por ti, regressei.
... por ti, parti. (Novamente.)
... hoje apenas... quero voltar.
2 comentários:
Gostei tanto :)
adorei a maneira das tuas letras e plavaras.
beijinho.
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