the land of confusion

Alianças


Como, e o que for possível eu irei mudar, para que finalmente consiga obter aquilo que sempre sonhei. Estabilidade, conforto, protecção todos estes sentimentos que alimentam as minhas fantasias.
Em alguns momentos penso que sou egoísta, fria demais, que vejo demasiados defeitos e poucas qualidades, que desprezo oportunidades de ser feliz e no fim, ainda acabo por magoar as pessoas que gostam de mim.
Destino, quem fala em destino? Já não sei do que se trata, se de um compromisso eterno com a vida ou de uma liberdade condicionada. Odeio estes sentimentos que se isolam dentro de mim, como a chuva que invade os céus no Inverno, e o frio que arrepia os corpos num súbito sopro do vento. Sentimentos estes denominados tristeza, solidão, pressão e desgosto.
Há quem recupere rapidamente de situações críticas, outras, isolam-se e sofrem sozinhas; sofrem cada momento, cada segundo, cada decepção, cada insegurança.
Sinto-me uma alma perdida que vagueia à luz de um candeeiro, sem saber para onde irá, guiada apenas com a razão: viver como vingança do que viveu. Exigem muito de mim, mais do que aquilo que posso dar, e o que me dão em troca? Nada, nunca existe recompensa alguma. Não aguento, o pânico está isolado em mim. Desabafos.

Soraya Morais

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