the land of confusion

Des Choses de Moi, dia 14

Um texto que tenhas escrito há algum tempo.

Tanto tempo já se passou, eu não consigo esquecer tudo o que fui e tudo o que sou, tudo o que me foi mostrado, parece ser um sonho, melhor, um pesadelo do qual quero acordar mas não consigo.
Mas sei, que nada me pára nesta jornada difícil, de ultrapassar todos os obstáculos, todas as vivências, todas as experiências. A vida é um cristal, em que vês muitos reflexos, infinitos, é isto que nos propõem, passar por cada um desses reflexos.
Várias vezes me pergunto, o porquê de dar voltas e mais voltas à minha consciência, encontrar fragmentos de tempo, fragmentos de vida, fragmentos de tudo perdido no meio de nada. Dilema este, que luto incessantemente, por cada dia que acordo e respiro, enfrentando um novo horizonte.
Distante ainda é o caminho que iniciei, os meus objectivos, os meus sonhos, os meus planos, a minha vida.
A descrição do que nunca quis, mas que no entanto estou a viver e a ultrapassar, os sonhos que quis que se tornassem em realidade, não passaram mais que meras fantasias, situações irreais, sem tempo, sem espaço, sem fundamento; não consigo perdoar nem esquecer.
Estas são as minhas palavras que nunca disse antes, nunca me mostrei assim perante alguém. Não recorro a isto por ajuda, nem por alivio constante dos meus sentimentos e pensamentos, escrevo porque sinto que consigo mudar e constatar que no final à sempre alguma coisa que valeu a pena.
Todas as lutas, todos os sonhos, todas as lágrimas e sorrisos, um por um, tudo valeram a pena. As conquistas, as derrotas, as desistências não por cobardia mas sim por não haver condições de sofrer, é esta a minha vida, os sentimentos não mudaram.
Agora, agora é muito inconstante, nada foi o que quis, o que quero agora é manter-me firme perante isto, viver cada fracção de segundo, desfrutar de tudo o que faz o meu coração bater. Receber energias quando precisar, oriundas da natureza, das pessoas, dos objectos, dos meus sonhos.
Quero ter as certezas que perdi, que nada disto me faz mudar, mas que me faça evoluir e ser uma melhor pessoa, transformar os meus defeitos e fazer sobressair as minhas qualidades, porque no fundo da insegurança sei que me vou encontrar verdadeiramente. Esta sou eu, e sou assim, não de outro modo. Desabafos.

Soraya Morais

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