Lapsos de incompreensão invadem-me a mente, bloqueando a minha consciência crítica e todas as perguntas, que num futuro, não assim tão distante, poderão despoletar e desenterrar algo que ficou bem guardado no meu passado.
O tempo quando passa cria uma corrente invisível que me mantem interligada com o momento, seja ele de índole positiva ou negativa mas, uma coisa é certa... o tempo passa por mim e nada em mim muda, permaneço igual a tudo o que sempre fui é claro que as feições mudam, o aspecto físico sofre alterações e mesmo o interior do meu organismo acumula problemas que eu própria desconheço mas, aquilo que sempre fui, aquelas ideias fixas que fazem parte da minha identidade e tudo aquilo que me denúncia nunca mudou ou irá mudar.
Gosto de permanecer uma esfinge, ser e não ser ao mesmo tempo, poder determinar a reacção no rosto de um outro. Gosto de permanecer paradoxal, ser foco de interrogações constantes e de interjeições de raiva.
Ao mesmo tempo que gosto de tudo isto, obrigo-me a rever-me por dentro... todas as questões que deixei por responder, em particular "para onde foi todo o amor?", a verdade é que não sei amar e agora duvido que alguma vez o tivesse feito na perfeição. Eu não sei doar a melhor parte de mim a alguém, nem tão pouco partilhar os meus dias com essa pessoa. Sou incapaz de amar com tudo de mim.
Ainda não surgiu quem me ensinasse esta arte na perfeição, nem tão pouco a pessoa que me desregula os sonhos.
Se há alguns dias atrás eu não tinha amor próprio ou amor há vida, hoje sou amante louca da vida que tenho, mesmo esta sendo dificultada por vários factores e a razão que faz bater o meu coração, é a busca incessante pela resposta à pergunta "o que é o amor?".
2 comentários:
Oh mas está pobre.
muito obrigado pelo comentario
gostei do texto
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