the land of confusion

stay with me

Não sei, porque continuas a insistir.
Esse teu desejo insano que me provoca náuseas; a tua ansiedade de me poderes ter na tua mão, e tal e qual como uma marioneta, me manipulares e me usares, e abusares de mim. Recusei-me a entregar-me, uma mais vez depois de tantas outras vezes que o fiz, mas neste momento, não vacilei, não fraquejei, não pestanejei. Agi, como se alguma força invisível me obrigasse a fazê-lo.
Pegaste-me na mão e levaste-a junto aos teus lábios, balbucinaste qualquer coisa impercebível ao meu ouvido, e quando o fizeste, o meu coração disparou loucamente como há já tanto tempo não disparava. Falar tornou-se difícil, agir tornou-se ainda mais penável.
Foi como se uma espécie de encanto se tivesse feito sobre nós. Vê, somos plural.
Olhei em meu redor, desconhecia temporalmente onde me encontrava, mas sabia decôr cada canto e recanto daquele lugar, daquele quarto pequeno, a cor das paredes, a pequena racha que a claraboía tinha, a janela de onde se via o mar.
Estava novamente no sítio onde pertencia... mas até quando? - perguntava o meu coração. "Até quando quiseres" respondeu a voz que era dona do corpo que me agarrava fortemente com medo de que o sonho terminasse.

1 comentário:

Isa Meireles disse...

está simplesmente muito profundo

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