the land of confusion

palavras soltas

Sobre mim o sol tórrido, sob mim os passos das gentes que por aqui passaram, perante mim o longo caminho que, ainda, falta terminar.
Relembro o passado através da leitura das inúmeras páginas que escrevi, sobre mim, sobre o mundo, sobre tudo e pouco mais, sobre ti e sobre nós, e no presente me encaixo em cada entrelinha invisível deste longo livro que ousei começar a escrever... há páginas rasgadas de dor, há páginas de solidão onde as palavras não são veiculadas de sentido nem tão pouco existe entre elas, elos de ligação, pontuação; há páginas que riem, há páginas de medo e melancolia, existem ainda páginas de eterna nostalgia de passado do passado e todas elas as amo sem excepção, até que repouso sobre uma em particular - uma página numerada com uma espécie de magia, nessa página está inscrita o teu nome. O nome que apazigua a minha dor e o meu momento de solidão... é como se eu revivesse tudo novamente, é como se a felicidade pregada no primeiro olhar que cruzamos chegasse directamente ao meu frágil coração, que bate leve, que bate levemente, que bate leve... leve... ele bate levemente.
(...) até que chego ao fim, ao inicio a que me proponho escrever... guardo junto ao peito o teu nome como referência, aconchego os teus lábios num último beijo que sustenho em mim, parto para o presente apenas com a memória, as memórias, de que contigo... sim, fui feliz.

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