the land of confusion

amar assim, perdidamente

Devolvo-te a onde sempre pertenceste, e recuso-me a deixar-te novamente partir. A despedida, é a parte mais difícil de te querer largar, pois a dor que em mim depositas, é a mesma que a felicidade que em mim fazes nascer.
São as tuas mãos que acarinham o meu rosto, e é o teu olhar sincero que aconchega a minha exaltação - ao mesmo tempo que, são as tuas palavras que me magoam, e as tuas acções que me fazem vacilar. Vivemos num instante incerto, num contrapasso implacável, receio ter de te dizer um "último adeus", mas onde, a onde irei arranjar a força suficiente que me impele a esta triste decisão? Não a encontro, por mais que a procure, pois é a em ti que busco todas as minhas forças, e é através de ti, que consigo todas as minhas proezas.
No meu controverso pensamento, procuro as respostas que logo à partida sei onde as posso obter... e mais uma vez, tudo se concentra na essência do teu nome. Apenas no teu nome, me consigo identificar na perfeição.
Consigo desenhar-te no escuro com as minhas mãos, com a total precisão do teu cheiro, do teu sabor, do teu calor e da tua feição, mas, paralelamente, não sei onde te encontrar. Cada vez mais, te distancio de mim, para que a dor acabe, mas porém, não quero te afastar, pois a dor maior que alguma vez experimentei foi ver-te longe de mim. E aí, ainda, permaneces, inerte, inflexível, cheio de receios e preconceitos, mas, com um amor fértil, eu sei que sim... um dia, muito lá atrás na nossa história escreveste: "é contigo que quero viver o que por palavras ou actos nunca conseguirei exprimir - é amar-te assim, perdidamente".

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