the land of confusion

(...)"enquanto buscas o ar pela boca"

Sinto o teu odor a perfumar o meu corpo e o teu respirar no meu peito. A tua mão flameja quando traça uma rota sob a minha perna.
Sinto a doce fragrância do teu hálito a invadir-me a boca, a tua mão envolve-me num ritual desconhecido que me hipnotiza. Afaga o meu cabelo, desliza o dedo nas minhas costas, prende-me o movimento, encosta-me ao seu peito, acelera a respiração... o fôlego começa a faltar, "é desejo", não dá para esperar.
A harmonia é de tal modo perfeita que não existem momentos de pausa.
No calor da noite, reside a ardente paixão dos corpos envolvidos - os teus olhos dominam os meus. Fogo vejo. Lateja o meu coração. Chega a sensação arritmica que gela o mundo, não há mais nada que seja perceptível, a não ser, as suas mãos no meu lado, os seus lábios colados ao meu pescoço e as nossas pernas entrelaçadas.
Neste êxtase todo, as gotas deslizam em cada um de nós. Um grito no vácuo ouve-se...
Estendeste paralelamente a mim, com uma mão caída sob o meu ventre. Nos teus olhos leio amor. Nos meus olhos entendes paixão.
Após o acto consumado, nenhuma troca de palavras foi efectuada, pois nos lençóis todas as virgulas haviam sido inscritas e daqui surgiu um novo dialecto invisível ao restantes mortais.
Só nós importávamos.

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