the land of confusion

sad ballad

(...) No ponto morto da hora sóbria, descubro-me em mim própria. Que habito no rés do chão do meu pensamento, sempre à deriva neste mar de ilusões, onde procuro o mais brilhante objecto onde perpétua a minha felicidade.
Sei que existe em mim, sei que por muito longe que o procure, ele estará sempre mais próximo que a própria imaginação. Vagueio uma vez mais, por este misterioso corredor, onde as portas se encontram ridicularizadamente fechadas. Eu vejo cada uma das chaves, eu posso agarrar cada uma delas, mas quando a aproximação se reduz drasticamente, como se de fumo se tratasse estas desvanecem e vejo, na nuvem de poeira que se levantou a minha figura baça, cada vez mais distante, cada vez mais desfragmentada.
Olho para onde vou de um plano inserido, história sobre história, em câmara lenta é exibido o filme da minha feliz infância, o filme de como era ingénua, o filme onde o país das maravilhas era o meu lar, o filme da minha primeira história de amor, o filme do meu sofrimento, o filme de uma rebelde sem causa, o filme da... e esse filme em branco foi exibido, como se tivessem, sido retiradas todas as cenas que ali existiam. No fim, o silêncio era a banda sonora da minha vida. (...)

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