amar

Para amar é preciso designar todos os sentidos, apurar todos os nossos defeitos e todas as nossas qualidades, para que no outro possamos ver o lado perfeito da imperfeição e aceitar o molde a que nos vamos deixar moldar.
Para amar é necessário cair vezes e vezes no erro, e deixar que este se aproprie de nós e faça com que apreendamos a amar o certo.
Por vezes amar é deixar de querer, é deixar de ser egoísta e adoptar a postura de aceitação, é também devolver o que nos dão e dar sem querer de volta. É uma troca recíproca de respeito, de cumplicidade e de amor.
O amor não é só mais que um adjectivo que surge nas bocas dos amantes, é apenas uma palavra e palavras há muitas, a força que é a sua constante é que não existe e se existe é porque é promenorizadamente estudada e adquirida.
Para amar não conta só o esforço, conta a aceitação e a humildade. Não é chegar beijar e dizer "quero-te".
O egoísmo percorre paralelamente o caminho do amor, e só quem dá conta desse paralelismo é que ama com tudo o que pode.
Amar, também é desejar e alcançar o infinito, o impossível pois, o conceito de possível só existe porque é dependente do factor impossível, são unos e inseparáveis, é como o amor e o sexo, a força animal que reside no homem e na mulher. Não é pecado, é um outro lado do amor, pois este é uma moeda de duas faces. A face racional e a face irracional, onde o nosso "id" nos diz que devemos libertar a tensão sexual. E o amor é uma chama que deve ser constantemente alimentada pelo pavio de uma relação, tanto seja ele a nível psicológico como físico. O amor não deve ser uma barreira, deve ser um caminho nivelado e estável.
Para amar é preciso saber dizer que não, mas também saber dizer que sim.
O amor é difícil, mas também nunca ninguém disse que era fácil.