
Muito longe de mim mesma, enxergo-me de um mundo exterior. Um mundo paralelo ao meu próprio. Onde não sou eu, a personagem principal. Sou uma comentadora. Apenas e única.
Num bloco de papel, aponto tudo o que está mal, tudo o que pode vir a melhorar, nomes e números. Sonhos e pesadelos.
Entrego-me aos sons, entrego-me às vozes, vejo-me nos olhos de ninguém.
Por entre os lençóis, e soluços recorrentes durante toda a noite, dou conta da explosão que se dá no pensamento. O choque violento de tudo em tudo.
Reflicto e penso... terei mais força do que alguma vez pensei?
Sim...
... respondeu uma voz ao fundo do palco.
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