the land of confusion

hold my breath


Falta-me o ar.
Falta-me o ar, quando algo me impede de agir. Quando não sou capaz de ultrapassar, pensar, raciocinar. Falta-me o ar, só por saber, que até o mais pequeno horizonte me-é limitado. Falta-me o ar, quando sou impedida de sonhar, de chegar mais alto. Porque sou isto, ou aquilo. Porque não sou aquilo e isto. É um vai e vem constante de limitações, impingidas pela futilidade dos costumes de uma sociedade.
Onde é que anda o meu espírito livre? Onde é que ele pára, para que possa levantar o meu corpo que jaz junto a tantos outros dominados por estatutos, rótulos e devaneios de tantos outros que fingem superioridade?
Onde é que anda, a minha vontade volátil? Que embriagava a minha alma e me levantava, me impulsionada contra a força atrítica da corrente que nos prega ao chão.
Onde está o grito, que arde feroz na minha garganta? Que exige, a liberdade a que tem direito e que de nada a usufrui?
Onde é que me encontro eu, para que só oiça a minha voz e nada veja, nem um único movimento?
Falta-me o ar.

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