
"os olhos são o espelho da alma"
Um dia disseram-me que nunca estaria sozinha. Como é que me puderam mentir desta maneira, deixar que o meu sonho tomasse estas porporções? Acreditei nas mentiras e agora sou companheira diária da solidão. Todas as barreiras foram quebradas, já não existe a ideia de um estranho a invadir-te aos poucos e consumir-te o coração, o sangue que fervilha nas veias, o sorriso espelhado nos olhos, o beijo que te arranca a alma mas que sempre te deixa completo.
Há qualquer coisa que faz falta, que por um lado faz com que haja reacções da minha parte e por outro lado, faz com que recue. A insegurança alastrou-se em mim, como o veneno se alastra no sangue e nos torna vulneráveis à morte. Não uma morte como conhecemos, mas a uma morte provocada pelo sofrimento interior.
A verdade é que já não se pode acreditar em gestos ou palavras, ambos seram levados para um outro caminho. Todos os sacrificios que tinham de ser feitos foram de facto feitos, e agora só me resta a "espera" que permanece eterna, dia para dia, noite para noite, sofrimento constante. Gostava de sentir o que é de facto (novamente) o rapto do meu coração e de tudo de mim. Desabafos.
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